Fundo 01 - Escola de Educação Física de Minas Gerais

Área de identificação

Código de referência

BR UFMG CEMEF 01.01

Título

Escola de Educação Física de Minas Gerais

Data(s)

  • 1938 - 1992 (Produção)

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

Textuais: 4,51 metro linear
Cartográfico: 0,17 metro linear

Os documentos iconográficos, filmográficos e tridimensionais relativos a este Fundo ainda estão reunidos aos do Fundo Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais (1969-1979) e descritos em catálogos específicos. Serão, no futuro, desmembrados conforme temporalidade de cada um dos fundos e inseridos neste inventário o que dele fizer parte. Nesses conjuntos tipológicos constam, aproximadamente:

Iconográfico (fotografias): 2330 itens

Iconográfico (diapositivos/slides): 5018 itens

Filmográfico (películas e fitas magnéticas): 424 itens
Sonoro: 393 itens

Tridimensional: 315 itens.

Área de contextualização

Nome do produtor

(1952-1953)

História administrativa

Em 8 de fevereiro de 1952, iniciaram-se as atividades da primeira Escola de Educação Física do Estado de Minas Gerais, de caráter público, no governo Juscelino Kubitschek. A Escola era vinculada à Diretoria de Esportes de Minas Gerais e mantida com verba mensal vinda da Loteria de Minas, garantida pelo Decreto Federal n. 31.761, de 12 de novembro de 1952. No mesmo ano foi criada também em Belo Horizonte a Escola de Educação Física das Faculdades Católicas, mantida pela Sociedade Mineira de Cultura. Nessas Escolas funcionavam cinco cursos: Superior de Educação Física, Educação Física Infantil, Técnica Esportiva, Medicina Especializada e Massagem Especializada.

Os currículos das duas escolas eram idênticos. Tal organização baseava-se naquele da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD), Rio de Janeiro, conforme Decreto-lei 1212, de 17 de abril de 1939(1). Nas Escolas mineiras, a única diferença estava na inclusão da disciplina Cultura Religiosa, no curso das Faculdades Católicas.

No dia 30 de setembro de 1953 aconteceu a fusão das escolas mineiras, em acordo firmado por Juscelino Kubitschek e Dom Cabral, sendo denominada, a partir daí, Escola de Educação Física de Minas Gerais (EEFMG). Possivelmente problemas financeiros e uma pequena demanda de alunos inviabilizavam a existência de ambas, isoladamente. A nova Escola passou então a ter uma organização mista, sendo mantida com recursos da Diretoria de Esportes do Estado e tendo orientação pedagógica vinculada ao Conselho Diretor da Sociedade Mineira de Cultura. A oficialização da fusão, com o reconhecimento federal da instituição, foi homologado em 13 de abril de 1955. A base curricular da Escola de Educação Física de Minas Gerais manteve estrutura similar àquele que vigorava na Escola do Estado, com a inclusão da disciplina Cultura Religiosa, já existente nos cursos das Faculdades Católicas. No que diz respeito à coordenação das atividades da Escola, os assuntos administrativos e educacionais eram decididos pela Direção, pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) e pela Congregação.

Indícios apontam que, nessas condições de funcionamento, a Escola procurou ter certa visibilidade no cenário da Educação Física estadual e nacional. Além dos cursos regulares, realizou atividades de formação destinadas a um público amplo, com o apoio financeiro do Governo de Bias Fortes, tais como as “Jornadas Internacionais de Educação Física”(2) e a publicação, por algum tempo, de um jornal denominado “Educação Física” (Linhales e Lima, 2010).

A Escola experimentou a partir de 1961 sérios problemas políticos e financeiros que quase levaram ao seu desaparecimento, pois o financiamento do Estado foi reduzido no governo de Magalhães Pinto. A EEFMG deixou de publicar o seu jornal “Educação Física” e, nos anos seguintes, não promoveu outras Jornadas Internacionais. Cerca de 50 bolsas de estudo ofertadas aos alunos provenientes de cidades do interior do Estado foram cortadas. Aos professores, funcionários e alunos faltaram recursos para continuar as atividades normais (Campos, 2007).

Em 1964, ano de golpe militar, a crise chega ao limite. Uma comissão de alunos da Escola vai ao governador Magalhães Pinto e é recebida no Palácio da Liberdade em 29 de setembro. A Escola chegou a encerrar suas atividades temporariamente na expectativa de uma reação do governo. O seu diretor naquele período, Prof. Herbert de Almeida Dutra, recorreu a diferentes instâncias governamentais nacionais e dos Estados Unidos da América solicitando que a Escola fosse incluída entre as beneficiadas pelo Plano Educacional de auxílio à América do Sul. Além disso, escreveu também ao presidente do Brasil, General Humberto de Alencar Castelo Branco, mas seus apelos que não tiveram resultado. Em 1965, a Escola passou pelo momento mais difícil e os funcionários decidiram paralisar as atividades. Os alunos, de pronto, aderiram ao movimento.

Mesmo assim, a EEFMG buscou afirmar-se como lugar de referência da Educação Física mineira. A documentação, objeto desse Inventário, confirma a realização de variadas ações, para além da oferta regular de seus cursos. Foi espaço de implantação de uma política de formação de professores denominada PREMEM (Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio) e foi também instituição oficialmente designada pelo governo estadual para coordenar e realizar os concursos de provimento de cadeiras” e os “exames de suficiência” relativos à contratação de professores para a disciplina Educação Física das escolas estaduais secundárias (Oliveira, 2014).

A situação precária de funcionamento da Escola perdurou nos anos seguintes e, foi naquela conjuntura, que uma alternativa foi ganhando força: os seus membros entenderam que a situação pela qual a instituição passava somente seria resolvida em definitivo com a sua federalização, ou seja, a Escola deveria passar a pertencer à Universidade Federal de Minas Gerais, alternativa cogitada desde 1963.

A partir de 1966, estudos foram realizados com o intuito de implementar uma ampla reforma universitária no Brasil, que se efetivou com a Lei 5540/68. Naquele contexto de intervenção militar nas universidades, em 21 de novembro de 1969, a Escola de Educação Física de Minas Gerais foi agregada à Universidade Federal de Minas Gerais, por meio do Decreto-Lei nº 997. A inserção definitiva deu-se com a instalação da Congregação da Escola de Educação Física, em 1973.

Notas:

1 - Nesse decreto foi estabelecido que a ENEFD, da Universidade do Brasil, serviria de base para outras escolas e, com isso, conferindo unidade teórica e prática à formação profissional em Educação Física no país.

2 - Entre 1957 e 1962, foram realizadas cinco “Jornadas Internacionais de Educação Física”, patrocinadas com recursos do governo estadual (Lima, 2012).

Nome do produtor

(1952-1953)

Biografia

Em 8 de fevereiro de 1952, iniciaram-se as atividades da primeira Escola de Educação Física do Estado de Minas Gerais, de caráter público, no governo Juscelino Kubitschek. A Escola era vinculada à Diretoria de Esportes de Minas Gerais e mantida com verba mensal vinda da Loteria de Minas, garantida pelo Decreto Federal n. 31.761, de 12 de novembro de 1952. No mesmo ano foi criada também em Belo Horizonte a Escola de Educação Física das Faculdades Católicas, mantida pela Sociedade Mineira de Cultura. Nessas Escolas funcionavam cinco cursos: Superior de Educação Física, Educação Física Infantil, Técnica Esportiva, Medicina Especializada e Massagem Especializada.

Os currículos das duas escolas eram idênticos. Tal organização baseava-se naquele da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD), Rio de Janeiro, conforme Decreto-lei 1212, de 17 de abril de 1939(1). Nas Escolas mineiras, a única diferença estava na inclusão da disciplina Cultura Religiosa, no curso das Faculdades Católicas.

No dia 30 de setembro de 1953 aconteceu a fusão das escolas mineiras, em acordo firmado por Juscelino Kubitschek e Dom Cabral, sendo denominada, a partir daí, Escola de Educação Física de Minas Gerais (EEFMG). Possivelmente problemas financeiros e uma pequena demanda de alunos inviabilizavam a existência de ambas, isoladamente. A nova Escola passou então a ter uma organização mista, sendo mantida com recursos da Diretoria de Esportes do Estado e tendo orientação pedagógica vinculada ao Conselho Diretor da Sociedade Mineira de Cultura. A oficialização da fusão, com o reconhecimento federal da instituição, foi homologado em 13 de abril de 1955. A base curricular da Escola de Educação Física de Minas Gerais manteve estrutura similar àquele que vigorava na Escola do Estado, com a inclusão da disciplina Cultura Religiosa, já existente nos cursos das Faculdades Católicas. No que diz respeito à coordenação das atividades da Escola, os assuntos administrativos e educacionais eram decididos pela Direção, pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) e pela Congregação.

Indícios apontam que, nessas condições de funcionamento, a Escola procurou ter certa visibilidade no cenário da Educação Física estadual e nacional. Além dos cursos regulares, realizou atividades de formação destinadas a um público amplo, com o apoio financeiro do Governo de Bias Fortes, tais como as “Jornadas Internacionais de Educação Física”(2) e a publicação, por algum tempo, de um jornal denominado “Educação Física” (Linhales e Lima, 2010).

A Escola experimentou a partir de 1961 sérios problemas políticos e financeiros que quase levaram ao seu desaparecimento, pois o financiamento do Estado foi reduzido no governo de Magalhães Pinto. A EEFMG deixou de publicar o seu jornal “Educação Física” e, nos anos seguintes, não promoveu outras Jornadas Internacionais. Cerca de 50 bolsas de estudo ofertadas aos alunos provenientes de cidades do interior do Estado foram cortadas. Aos professores, funcionários e alunos faltaram recursos para continuar as atividades normais (Campos, 2007).

Em 1964, ano de golpe militar, a crise chega ao limite. Uma comissão de alunos da Escola vai ao governador Magalhães Pinto e é recebida no Palácio da Liberdade em 29 de setembro. A Escola chegou a encerrar suas atividades temporariamente na expectativa de uma reação do governo. O seu diretor naquele período, Prof. Herbert de Almeida Dutra, recorreu a diferentes instâncias governamentais nacionais e dos Estados Unidos da América solicitando que a Escola fosse incluída entre as beneficiadas pelo Plano Educacional de auxílio à América do Sul. Além disso, escreveu também ao presidente do Brasil, General Humberto de Alencar Castelo Branco, mas seus apelos que não tiveram resultado. Em 1965, a Escola passou pelo momento mais difícil e os funcionários decidiram paralisar as atividades. Os alunos, de pronto, aderiram ao movimento.

Mesmo assim, a EEFMG buscou afirmar-se como lugar de referência da Educação Física mineira. A documentação, objeto desse Inventário, confirma a realização de variadas ações, para além da oferta regular de seus cursos. Foi espaço de implantação de uma política de formação de professores denominada PREMEM (Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio) e foi também instituição oficialmente designada pelo governo estadual para coordenar e realizar os concursos de provimento de cadeiras” e os “exames de suficiência” relativos à contratação de professores para a disciplina Educação Física das escolas estaduais secundárias (Oliveira, 2014).

A situação precária de funcionamento da Escola perdurou nos anos seguintes e, foi naquela conjuntura, que uma alternativa foi ganhando força: os seus membros entenderam que a situação pela qual a instituição passava somente seria resolvida em definitivo com a sua federalização, ou seja, a Escola deveria passar a pertencer à Universidade Federal de Minas Gerais, alternativa cogitada desde 1963.

A partir de 1966, estudos foram realizados com o intuito de implementar uma ampla reforma universitária no Brasil, que se efetivou com a Lei 5540/68. Naquele contexto de intervenção militar nas universidades, em 21 de novembro de 1969, a Escola de Educação Física de Minas Gerais foi agregada à Universidade Federal de Minas Gerais, por meio do Decreto-Lei nº 997. A inserção definitiva deu-se com a instalação da Congregação da Escola de Educação Física, em 1973.

Notas:

1 - Nesse decreto foi estabelecido que a ENEFD, da Universidade do Brasil, serviria de base para outras escolas e, com isso, conferindo unidade teórica e prática à formação profissional em Educação Física no país.

2 - Entre 1957 e 1962, foram realizadas cinco “Jornadas Internacionais de Educação Física”, patrocinadas com recursos do governo estadual (Lima, 2012).

Nome do produtor

(1953-1969)

História administrativa

Em 8 de fevereiro de 1952, iniciaram-se as atividades da primeira Escola de Educação Física do Estado de Minas Gerais, de caráter público, no governo Juscelino Kubitschek. A Escola era vinculada à Diretoria de Esportes de Minas Gerais e mantida com verba mensal vinda da Loteria de Minas, garantida pelo Decreto Federal n. 31.761, de 12 de novembro de 1952. No mesmo ano foi criada também em Belo Horizonte a Escola de Educação Física das Faculdades Católicas, mantida pela Sociedade Mineira de Cultura. Nessas Escolas funcionavam cinco cursos: Superior de Educação Física, Educação Física Infantil, Técnica Esportiva, Medicina Especializada e Massagem Especializada.

Os currículos das duas escolas eram idênticos. Tal organização baseava-se naquele da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD), Rio de Janeiro, conforme Decreto-lei 1212, de 17 de abril de 1939(1). Nas Escolas mineiras, a única diferença estava na inclusão da disciplina Cultura Religiosa, no curso das Faculdades Católicas.

No dia 30 de setembro de 1953 aconteceu a fusão das escolas mineiras, em acordo firmado por Juscelino Kubitschek e Dom Cabral, sendo denominada, a partir daí, Escola de Educação Física de Minas Gerais (EEFMG). Possivelmente problemas financeiros e uma pequena demanda de alunos inviabilizavam a existência de ambas, isoladamente. A nova Escola passou então a ter uma organização mista, sendo mantida com recursos da Diretoria de Esportes do Estado e tendo orientação pedagógica vinculada ao Conselho Diretor da Sociedade Mineira de Cultura. A oficialização da fusão, com o reconhecimento federal da instituição, foi homologado em 13 de abril de 1955. A base curricular da Escola de Educação Física de Minas Gerais manteve estrutura similar àquele que vigorava na Escola do Estado, com a inclusão da disciplina Cultura Religiosa, já existente nos cursos das Faculdades Católicas. No que diz respeito à coordenação das atividades da Escola, os assuntos administrativos e educacionais eram decididos pela Direção, pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA) e pela Congregação.

Indícios apontam que, nessas condições de funcionamento, a Escola procurou ter certa visibilidade no cenário da Educação Física estadual e nacional. Além dos cursos regulares, realizou atividades de formação destinadas a um público amplo, com o apoio financeiro do Governo de Bias Fortes, tais como as “Jornadas Internacionais de Educação Física”(2) e a publicação, por algum tempo, de um jornal denominado “Educação Física” (Linhales e Lima, 2010).

A Escola experimentou a partir de 1961 sérios problemas políticos e financeiros que quase levaram ao seu desaparecimento, pois o financiamento do Estado foi reduzido no governo de Magalhães Pinto. A EEFMG deixou de publicar o seu jornal “Educação Física” e, nos anos seguintes, não promoveu outras Jornadas Internacionais. Cerca de 50 bolsas de estudo ofertadas aos alunos provenientes de cidades do interior do Estado foram cortadas. Aos professores, funcionários e alunos faltaram recursos para continuar as atividades normais (Campos, 2007).

Em 1964, ano de golpe militar, a crise chega ao limite. Uma comissão de alunos da Escola vai ao governador Magalhães Pinto e é recebida no Palácio da Liberdade em 29 de setembro. A Escola chegou a encerrar suas atividades temporariamente na expectativa de uma reação do governo. O seu diretor naquele período, Prof. Herbert de Almeida Dutra, recorreu a diferentes instâncias governamentais nacionais e dos Estados Unidos da América solicitando que a Escola fosse incluída entre as beneficiadas pelo Plano Educacional de auxílio à América do Sul. Além disso, escreveu também ao presidente do Brasil, General Humberto de Alencar Castelo Branco, mas seus apelos que não tiveram resultado. Em 1965, a Escola passou pelo momento mais difícil e os funcionários decidiram paralisar as atividades. Os alunos, de pronto, aderiram ao movimento.

Mesmo assim, a EEFMG buscou afirmar-se como lugar de referência da Educação Física mineira. A documentação, objeto desse Inventário, confirma a realização de variadas ações, para além da oferta regular de seus cursos. Foi espaço de implantação de uma política de formação de professores denominada PREMEM (Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio) e foi também instituição oficialmente designada pelo governo estadual para coordenar e realizar os concursos de provimento de cadeiras” e os “exames de suficiência” relativos à contratação de professores para a disciplina Educação Física das escolas estaduais secundárias (Oliveira, 2014).

A situação precária de funcionamento da Escola perdurou nos anos seguintes e, foi naquela conjuntura, que uma alternativa foi ganhando força: os seus membros entenderam que a situação pela qual a instituição passava somente seria resolvida em definitivo com a sua federalização, ou seja, a Escola deveria passar a pertencer à Universidade Federal de Minas Gerais, alternativa cogitada desde 1963.

A partir de 1966, estudos foram realizados com o intuito de implementar uma ampla reforma universitária no Brasil, que se efetivou com a Lei 5540/68. Naquele contexto de intervenção militar nas universidades, em 21 de novembro de 1969, a Escola de Educação Física de Minas Gerais foi agregada à Universidade Federal de Minas Gerais, por meio do Decreto-Lei nº 997. A inserção definitiva deu-se com a instalação da Congregação da Escola de Educação Física, em 1973.

Notas:

1 - Nesse decreto foi estabelecido que a ENEFD, da Universidade do Brasil, serviria de base para outras escolas e, com isso, conferindo unidade teórica e prática à formação profissional em Educação Física no país.

2 - Entre 1957 e 1962, foram realizadas cinco “Jornadas Internacionais de Educação Física”, patrocinadas com recursos do governo estadual (Lima, 2012).

História do arquivo

A documentação que compõe este Fundo encontrava-se guardada em salas de depósito existentes na EEFFTO, sendo que as mesmas não ofereciam as condições mínimas necessárias à preservação dos documentos que, em sua maioria, estavam acondicionados em caixas de papelão e com a presença de pequenos insetos, fungos e umidade, indicando risco de perda. Deslocadas de tais espaços as referidas caixas receberam uma numeração prévia para que fosse realizado um trabalho de identificação preliminar atinente aos conteúdos, tipos documentais, estado de conservação e data de cada documento. Este primeiro movimento, realizado a partir do ano de 2010, indicou a ausência de um processo explícito de gestão documental pelos órgãos produtores e acumuladores.

Tais ações possibilitaram o recolhimento de informações relativas à história administrativa e, por decorrência, uma melhor compreensão do funcionamento institucional, permitindo indicar funções e níveis hierárquicos, além do exercício de demarcação da temporalidade do Fundo. Nesses termos, esse inventário abriga a documentação produzida pelas duas primeiras escolas – Escola de Educação Física do Estado de Minas Gerais e Escola de Educação Física das Faculdades Católicas – e pela proveniente da fusão, a Escola de Educação Física de Minas Gerais.

Merece ressalva o fato de que a massa documental concernente ao Fundo Escola de Educação Física de Minas Gerais (1952-1969) estava guardada no mesmo espaço que aquela relativa ao período pós federalização o que exigiu entre outro exercício de diferenciação. Assim sendo, a delimitação temporal do fundo se justifica pela criação das duas primeiras escolas em 1952 e pela transferência da EEFMG à UFMG, em 1969.

Nesses termos, trata-se de um fundo fechado na medida em que não receberá acréscimos de documentos pois as entidades produtoras não se encontram mais em atividade.

Em um segundo movimento foram elaborados os quadros de arranjo com suas respectivas funções e subfunções, que expressam a estrutura organizacional e as atividades realizadas pelos órgão produtores dos documentos. Também a higienização e a eliminação de sujidades compuseram essa etapa do trabalho. O processo de classificação foi orientado pelo quadro de arranjo e incluiu a elaboração das tabelas, o exercício de descrição e a criação dos códigos de localização. Nessa última fase do trabalho também foi realizado o acondicionamento definitivo do acervo.

Procedência

Fundo encaminhado pela Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO/UFMG) para o Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef/UFMG) no ano de 2009.

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Avaliação, selecção e eliminação

Após a avaliação do acervo, realizada pelo Cemef/UFMG, constatou-se que o conjunto documental possui valor permanente. Verifica-se que a massa acumulada entre os anos de 1952 e 1969 não passou por uma política sistemática e orientada de destinação e eliminação de documentos, havendo lacunas e séries incompletas. Sendo assim, todo o conjunto acumulado foi tomado como permanente e não foram realizadas eliminações.

Ingressos adicionais

Todos os documentos do fundo Escola de Educação Física de Minas Gerais que foram preservados estão arranjados e descritos neste inventário. Não estão previstas novas incorporações.

Sistema de arranjo

O quadro de arranjo do Fundo Escola de Educação Física de Minas Gerais é funcional e composto por 4 níveis hierárquicos. O primeiro nível é o próprio fundo documental que caracteriza-se pela reunião dos documentos produzidos e recebidos pela EEFMG. O segundo e terceiro nível agrupam os documentos pelas funções e atividades desenvolvidas pela Escola. O quarto nível agrupa as séries compostas por tipologias documentais ou por temáticas.

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Algumas séries documentais contém informações sigilosas por apresentarem dados sobre pessoas. Para a consulta a essas séries, o pesquisador deverá assinar o “Termo de responsabilidade pelo uso e divulgação de informações sobre pessoas”. Os documentos filmográficos e sonoros podem sofrer restrição temporária de acesso em função da eventual indisponibilidade de equipamentos para leitura e reprodução.

Condiçoes de reprodução

Os documentos textuais, cartográficos e iconográficos podem ser reproduzidos por meio de fotografia e aparelhos manuais de scanner. Reprodução eletrostática (cópias xérox) e digitalização por aparelhos scanner de mesa não serão permitidas. Os documentos filmográficos e sonoros podem sofrer restrição de reprodução em função da indisponibilidade de equipamentos.

Em todos os casos, a reprodução será realizada mediante pedido de autorização por escrito e compromisso de crédito por meio do “Termo de responsabilidade para utilização e reprodução do acervo”. A reprodução será realizada às expensas do pesquisador interessado.

Idioma do material

  • português do Brasil

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Alguns documentos filmográficos e sonoros exigem equipamentos especiais para a reprodução. Poderá haver dificuldade para o uso destes documentos em função da indisponibilidade de equipamentos.

Instrumentos de descrição

ROSA, Maria Cristina; LINHALES, Meily Assbú. Guia de Fontes: acervo do Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer. Belo Horizonte: EEFFTO/UFMG, 2007.

Área de documentação associada

Existência e localização de originais

O acervo é formado por originais.

Existência e localização de cópias

Não há cópias disponíveis.

Unidades de descrição relacionadas

Arquivos Pessoais de Professores custodiados pelo Cemef/UFMG.
Coleção História Oral custodiada pelo Cemef/UFMG.
Coleções de Documentos Avulsos custodiadas pelo Cemef/UFMG.

Nota de publicação

Pesquisas que tomaram documentos do acervo como fonte:

CAMPOS, Marcos. A. Histórias entrelaçadas: presença da dança na Escola de Educação Física. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.

TADEU, Amanda Matos. O curso de Educação Física Infantil da Escola de Educação Física de Minas Gerais (1952-1969). Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – EEFFTO/UFMG, 2003.
SILVA, Marina. G. C. Uma história da recreação (1952-1970): constituição inicial da disciplina na Escola de Educação Física de Minas Gerais. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – EEFFTO/UFMG, 2005.

LIMA, Cássia Danielle Monteiro Dias. Ensino e formação: “os mais modernos conceitos e métodos” em circulação nas Jornadas Internacionais de Educação Física (Belo Horizonte, 1957-1962). 2012. 187 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

SANTOS, Fernanda Cristina. Um poderoso estímulo de soerguimento nacional: a realização do Projeto Brasil na Escola de Educação Física da UFMG (1974). 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – EEFFTO/UFMG, 2013.

MOREIRA, Carla Drummond. O ensino da dança moderna na formação de professores de Educação Física da UFMG nas décadas de 1960 e 1970. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – EEFFTO/UFMG, 2013.

ALMEIDA, Gisele Oliveira. Fichas Médico- Biomédicas/ Morfo- Fisiológicas (1971-1988): o perfil do aluno de Educação Física da UFMG. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – EEFFTO/UFMG, 2013.

OLIVEIRA, Guilherme de Souza Lima. Concursos públicos para provimento de cadeira de Educação Física em escolas estaduais mineiras (1960-1974): o lugar da Escola de Educação Física de Minas Gerais. 2014. 117 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.

LINHALES, Meily Assbú. Arquivos de Professores: construções metodológicas e conceituas na organização dos Arquivos Pessoais do Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef/UFMG). Relatório de Estágio Pós-Doutoral. Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais (PPHPBC) - CPDOC/ FGV. Rio de Janeiro, 2014.

Publicações sobre o processamento técnico do acervo:

OLIVEIRA, G. S. L.; LAGUARDIA, C. N.; LINHALES, M. A.; Construindo o quadro de arranjo do acervo do CEMEF: Um trabalho teórico-prático. Anais do III Simpósio de História da Educação Física e do Esporte. Aracajú, SE: CEMEFEL, 2010.

LINHALES, M. A.; NASCIMENTO, A. O.; GOMES, A. C. V.; SANTOS, H. P. Organização de acervos arquivístivos: a experiência do centro de estudos sobre a memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer(CEMEF/UFMG). Anais do VI Congresso Brasileiro de História da Educação. Vitória, ES: SBHE, 2011.

ALMEIDA, G. O.; OLIVEIRA, G. S. L.; LINHALES, M. A.; História da Escola de Educação Física da UFMG: Organizando documentos de memória em fundos institucionais (1952-1979). Anais do VI Congresso de Pesquisa e Ensino de História da Educação em Minas Gerais. Viçosa, MG: UFV, 2011.

OLIVEIRA, G. S. L.; LAGUARDIA, C. N.; ALMEIDA, G. O.; SOUTTO MAYOR, S. T. Preservando a memória da Escola de Educação Física de Minas Gerais: O Fundo Institucional do Acervo do CEMEF/UFMG. Anais do XVII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e IV Congresso Internacional de Ciências do Esporte. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2011.

NASCIMENTO, Adalson de Oliveira. Experiências de arranjo e descrição em acervos de Instituições Federais de Ensino Superior. In: Universidades & Arquivos: gestão, ensino e pesquisa. Belo Horizonte: Escola de Ciência da Informação, 2012.

LINHALES, Meily Assbú; NASCIMENTO, Adalson. (Org.). Organizando arquivos, produzindo nexos: a experiência de um Centro de Memória. Belo Horizonte: Fino Traço Editora Ltda, 2013.

LINHALES, Meily Assbú; NASCIMENTO, Adalson. O esporte e suas práticas nas linhas e entrelinhas de um processo de organização de acervos. Revista Acervo. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, v. 27, nº 2, p. 38-50, jul/dez, 2014.

Área de notas

Nota

Notas sobre conservação

Os documentos que compõem este Fundo encontram-se em bom estado de conservação. Estão acondicionados na Reserva Técnica do Cemef/UFMG, em uma sala climatizada com controle de umidade e temperatura. Os documentos estão organizados em caixas arquivo de polipropileno dispostas em estantes.

Identificador(es) alternativos

Pontos de acesso

Pontos de acesso de assunto

Pontos de acesso local

Ponto de acesso nome

Pontos de acesso de gênero

Área de controle da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Status

Final

Nível de detalhamento

Datas de criação, revisão, eliminação

Primeira fase: 2010/2011
Segunda fase: 2012/2016

Idioma(s)

Sistema(s) de escrita(s)

Fontes

Nota do arquivista

Projeto de organização dos fundos institucionais custodiados pelo CEMEF/UFMG realizado entre 2010 e 2017

Coordenação
Prof. Adalson de Oliveira Nascimento (2010-2017)
Profa. Meily Assbú Linhales (2010-2017)

Professores
Profa. Ana Carolina Vimieiro Gomes (2010-2012)
Profa. Andrea Moreno (2010-2011)
Profa. Maria Cristina Rosa (2014)
Prof. Tarcísio Mauro Vago (2010-2011)
Profa. Verona Campos Segantini (2010-2011)

Arquivista
Thaís Nodare de Oliveira (2013-2017)

Alunos e bolsistas que atuaram na organização dos Fundos Institucionais
Carolline Nunes Laguardia (2010-2011)
Gisele Oliveira de Almeida (2010-2014)
Guilherme de Souza Lima Oliveira (2011-2013)
Igor Filipe Maurício Reis (2013-2014)
Laura Fonseca (2013-2014)
Sarah Teixeira Soutto Mayor (2012-2013)
Thaís Nodare de Oliveira (2011-2012)

Colaboradores (2010-2011)
Prof. Ms. Rodrigo Caldeira Bagni Moura
Prof. Ms. Renato Machado dos Santos
Prof. Ms. Hercules Pimenta dos Santos
Mestranda Cássia Danielle Monteiro Dias Lima
Mestranda Gyna de Ávila Fernandes
Mestrando Luiz Gustavo dos Santos Moraes;
Mestranda Sarah Teixeira Soutto Mayor
Mestranda Daniela Flávia Martins Fonseca
Profa. Pedrita Gonçalves de Oliveira
Graduanda Anna Luiza Ferreira Romão,
Graduanda Fernanda Cristina dos Santos

Consultoria - Acervo Projetos e Consultoria Ltda.
Leandro Araújo Nunes (2010-2011)
Pedro de Brito Soares (2010-2011)
Karime Marcenes Junqueira Silveira (bolsista 2010)

Zona da incorporação

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